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No dia 10 de maio, a Snap Inc., empresa dona do Snapchat, revelou seus resultados financeiros para o primeiro trimestre do ano e, como já era de se esperar, eles não foram muito bons. Com certeza isso se deve ao fato do Facebook ter literalmente copiado aquele que era o principal recurso do aplicativo: os stories.

Toda essa história entre as duas empresas começou quando o Facebook tentou comprar o Snapchat, em 2013, por uma oferta de US$ 3 bilhões. Naquela época os desenvolvedores do Snapchat acreditavam que o aplicativo poderia valer bem mais em alguns anos e por isso recusaram a venda.
Desde então o Facebook vinha tentando criar sua própria versão do aplicativo; foram vários. Um deles, chamado Flash, estreou no mercado brasileiro antes do resto do mundo, mas não fez sucesso nenhum.

Depois de algumas tentativas fracassadas, os desenvolvedores do Facebook resolveram incluir o formato efêmero do Snapchat dentro do Instagram; e foi um sucesso. A partir disso, a Snap Inc. começou a perder muitos usuários ativos, visto que boa parte deles também tinha conta no concorrente e agora não precisavam mais usar o seu app, já que era possível ter os mesmos recursos dele dentro do próprio Instagram.

Eu acredito que outros fatores também influenciaram a debanda de usuários para a plataforma rival, como, por exemplo, o fato da interface do Instagram Stories ser muito mais intuitiva que a do Snapchat. A dinâmica de uso deste último é muito confusa. A interface, apesar de inovadora, não é clara e fácil de usar. Toda a IHC parece ter "sido projetada para restringir o uso do app a um público mais jovem" como afirma Paulo Higa, no podcast do Tecnoblog. Sem contar o fato do cliente do Snapchat ser muito pesado e travar bastante, principalmente no Android.

Percebendo o sucesso do Stories, o Facebook resolveu inserir o formato em todos os aplicativos do seu catálogo: no WhatsApp, o recurso substituiu a frase que antes era chamada de Status, no Messenger, ele é chamado de Messenger Day e no aplicativo oficial da rede social de Mark Zuckerberg é homônimo ao do Instagram.

Com isso tudo acontecendo, fica a questão: Qual o limite para o plágio?

Não é a primeira vez que vemos isso no mundo da tecnologia. Já tivemos casos como o da Microsoft copiando a interface gráfica da Apple lá nos primórdios da computação pessoal. Sendo que a Apple já tinha copiado a interface da Xerox. Sim, isso mesmo. Foi a nossa querida e famigerada Xerox Corporation quem inventou, além da fotocopiadora, o conceito de interface gráfica e mouse para computador que Jobs viu e soube realizar. E Gates foi genial ao sacar como monetizar.

Há também outros casos mais recentes como a Samsung e a Xiaomi copiando o design do iPhone para seus aparelhos e a interface gráfica do iOS para suas versões do Android.

Os casos citados acima foram parar nos tribunais com as empresas copiadas processando suas rivais. Mas, até agora, no caso Facebook versus Snapchat, a Snap Inc. ainda não tentou nada contra o Facebook nos tribunais. Eu andava me perguntando o motivo disso e acabei descobrindo que a Snap não teria como ganhar um processo. Isso porque o que a empresa criou foi somente um novo conceito, uma nova forma de você interagir pela internet.

Existe um termo, quando se discute direito de propriedade intelectual, chamado "dicotomia entre ideia e expressão", que é um termo complicado para descrever que você não pode patentear uma ideia, mas pode patentear a execução dessa ideia. Isso significa que a Snap Inc. só poderia processar o Facebook caso descobrisse que os programadores da empresa de Mark estão utilizando um código fonte muito parecido com o deles para implementar a função Stories.

Eu penso que é válido copiar quando é feita uma "cópia melhorada", uma cópia que não deixa de ser cópia, mas acrescenta algo, o que sempre traz benefício para os usuários. Resumindo, é aquela história do meme: "pode copiar, só não faz igualzinho".

Qual a opinião de vocês sobre isso? É errado fazer esse tipo de cópia? Ou é certo porque é benéfico para nós, os usuários finais?

Deixem-me saber nos comentários.


Fontes: Tecnoblog, WebInsider, G1

Um comentário:

  1. Livre concorrência, quem tiver o melhor produto que ganhe, se a primeira pessoa que programou uma pilha ou fila, tivesse patenteado a idéia, ngm mais poderia usar esse conceito?

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